terça-feira, abril 18, 2006

Over

Não, não vou acabar com o blog. Bem pelo contrário.

Apenas me apetece dizer algo sobre o fim das coisas. Pode trazer tristeza, alegria, alívio....

Lembro-me muito em particular do que senti no preciso momento em que concluí a licenciatura, à SEXTA tentativa para fazer Direito Penal. Para quem não sabe, e excluindo duas ou três cadeiras do 1º e 5º anos cuja forma de resposta a questões em nada difere da de História ou Português no Ensino Secundário, para quase todas as cadeiras da licenciatura em Direito o raciocínio vai dar ao mesmo, e na invariável hipótese prática dá para nos safarmos mais coisa menos coisa sem estudar se soubermos como eles se resolvem ou, em último caso, tendo alguém ao lado que escreva os artigos aplicáveis no enunciado e nós vamos aplicando-os à hipótese.

A Direito Penal não. Se não souberem a teoria, escusam de tentar responder de forma igual à das outras cadeiras que não passam do 5. Por alguma razão que desconheço, é assim que as coisas funcionam - para podermos concluir se o crime A pode ser imputado ao cidadão B (a propósito, que saudades das hipóteses nas quais invariavelmente figuravam António e Bento) é necessário conhecer as teorias da imputação, etc., etc.

Escusado será dizer que foi um profundo alívio o que senti quando soube que passava. Nem foi alegria...quando um SANTO chamado Miguel Pedrosa Machado (que já me passara a Direito das Obrigações, em meu entender a cadeira mais difícil do curso...muito embora em Direito, muito mais que em qualquer outra licenciatura, a dificuldade de cada cadeira - OK, há excepções nas declaradamente mais fáceis, e Medicina Legal NÃO conta ok ? - varie RADICALMENTE de pessoa para pessoa) disse após eu responder a uma pergunta (claro que eu já o tinha feito saber de que era a última cadeira, que isto não há ursos)...

Dê cá um abraço colega !

Claro que desatei aos saltos e pulos em plena sala, e dirigi-me ao bar para beber cervejas eheh...bela noite depois a jantar com o João Pinheiro (que hoje faz anos, a propósito) e depois nos copos no ChaChaChá, tempos em que eu bebia Long Island Ice Tea...


Outro sentimento diferente foi o da final do Euro 2004. Eu estava lá. E estava de tal maneira triste que nem conseguia chorar. Como eu dizia ao meu amigo grego Yiannis Kostarellis essa noite, o futebol é o que menos importa, o Mundo é que perdeu ver o que ia ser a maior festa de sempre.

Por falar em tristezas...inevitável seria que com a morte de Francisco Adam surgissem blogs e tal em homenagem e etc. Alguém fez na PTNet um canal #dino, remetendo para um site com um guestbook.

Escusado será dizer que mais cedo ou mais tarde fui ver certas e determinadas barbaridades que por lá estavam escritas (humor negro da melhor qualidade, diga-se) e reparei que - ainda que não fosse obrigatório - o autor do site, um tal Ivo Daniel, pedia a indicação do e-mail pessoal aos que quisessem deixar um comentário.

Percebi imediatamente o óbvio. O que ele queria era ficar com os e-mails de pitas chorosas para depois lhes andar a enviar e-mails e tal. Ou seja, para o engate. Curiosamente, após horas de mails de humor negro e nada ter feito, imediatamente após eu ter deixado uma mensagem denunciando este facto o guestbook foi posto offline. Estranha coincidência.

Escandaloso é que haja quem se aproveite da morte de terceiros com intuitos de engate. Pelo que só tenho a dizer isto: esse Ivo Daniel é um triste. E um FROUXO.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Quase que aposto que comentaste só para ele ter o teu endereço...:p

9:32 da tarde  
Blogger Pedro Sá said...

Comentei SEM endereço, se bem me lembro :P

10:03 da manhã  

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